segunda-feira, 30 de setembro de 2013

                            O ANJO DE FÁTIMA            

                            PAZ E PRESENÇA DE DEUS
Eis a última revelação do Anjo às três crianças. A missão do Anjo não se deixa exprimir  de forma mais concisa do que fez a Lúcia:
"Sobre a dependência da força sobrenatural que nos envolvia, nós imitávamos o Anjo em tudo o que ele dizia e fazia: metíamos de joelhos como ele, repetíamos as orações que ele formulava. A força da presença de DEUS, era tanta que ela nos subjugava e quase nos aniquilava. Esta presença de DEUS, aparecia, nos avivar o uso dos sentidos do nosso corpo durante um tempo prolongado. Durante esses dias, nos cumpríamos nossas tarefas, como apoiados por este ser sobrenatural que nos animava. A paz e a felicidade que nós sentíamos eram imensas, mais interiormente e que orientavam assim a alma totalmente para DEUS."
O Anjo cumpriu sua missão orientando as crianças para CRISTO na Eucaristia. Bem que ele desapareceu fisicamente, ele continuava, invisivelmente, a conduzir-los e a sustentar-los no cumprimento das suas tarefas. O Anjo apresentou-se como o Anjo da Paz, e agora que ele união as crianças a CRISTO na Eucaristia, eles tinham entrado numa paz interior que só pode não vir de uma união profunda e total de DEUS.
Cristo está presente no Santíssimo Sacramento e ai nos espera. Qual não é o desejo de nosso Santo Anjo de rezar connosco! de nos encorajar  na oração e no sacrifício! de nos conduzir para a união com DEUS! Que nos falta ainda para ficar santo?!
As citações provém do livro das "Memórias da Irmã Lúcia", - falecida em 2005, no Carmelo de Coimbra, em Portugal - que se encontram em todas as livrarias católicas. O original em alemão recebeu a aprovação do delegado apostólico para a Obra dos Santos Anjos).
Santo Eugéne de Mazénod, bispo de Marselha, e os Santos Anjos
Nosso Santo Padre João Paulo II canonizou, a poucos anos o Bem-aventurado  Eugénio de Mazenod, fundador das oblatas do Imaculada Conceição de MARIA (OMI). Sua vida nos oferece intervenções maravilhosas e quanto útil da parte de seu Anjo da Guarda:"É devido, diz ele - ao fato que cada manhã eu rezava meu Anjo da Guarda e e lhe pedia de me preservar de todo falso passo." Ele atribui o fruto de seus encontros com os homens à sua amizade que o ligava com seu Anjo.! Antes cada empresa, antes cada encontro e marcação com os outros, antes cada sermão, antes cada confissão, eu rezei ao Anjo de meu/meus interlocutore/s de me vir ajudar. Desta forma os Anjos dos dois parceiros podiam entrar em ação; foram eles que me prepararam a via e que resolveram a maioria dos problemas e dificuldades nos casos dos outros ou nas minhas.


ORAÇÃO DO ANJO DE FÁTIMA



Meu DEUS, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam.

Santíssima TRINDADE, PAI, FILHO e ESPIRITO SANTO. eu VOS adoro profundamente e VOS ofereço o preciosíssimo CORPO, SANGUE, Alma e Divindade de Nosso Senhor JESUS CRISTO, presente em todos os Sacrários da terra, em reparação aos ultrajes, sacrilégios, indiferenças pelas quais ELE mesmo é ofendido. E pelos méritos infinito de Seu Sacratíssimo CORAÇÃO e do Coração Imaculado de MARIA, eu VOS peço a conversão dos pobres pecadores. Amem.

Secretariado francês da Obra dos Santos Anjos, Casa Sao Joao Eudes, Rua Sao Joao Eudes 22, P - 2495 Fátima, Portugal.

Tel. (249) 530 090 - Fax (249) 530 049
  
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O ANJO DE FATIMA


PORQUE TUDO SE PASSOU EM "LOCA DO CABEÇO"


A relação entre a Santa Comunhão e o Sacrifício de CRISTO nos ajuda a compreender o sentido do lugar "Loca do Cabeço". "Cabeço" significa literalmente o ponto culminante dum monte, duma colina. Esta palavra provem duma analogia com o homem, cujo a parte mais alta é a cabeça. Segue-se que o Anjo apareceu ás crianças no dito "da cabeça", e sendo chamado uma alusão simbólica ao "Golgotha" que quer dizer lugar do Crânio. Pode-se comparar a "Loca do Cabeço" e "Golgotha". Em Golgotha adoramos a realidade da PAIXÃO e da morte de CRISTO na Sua Humanidade. Este sacrifício é tornado presente cada dia no Santo Sacrifício da Missa. Na Loca do Cabeço, o Anjo traz às crianças a "PAIXÃO eucarística" de JESUS no Santíssimo Sacramento  "horrivelmente ultrajado pela ingratidão dos homens". Assim sendo, o Anjo animou as crianças e por eles animou os fieis da nossa época, a expiar estes crimes desprezíveis, e a consolar Nosso Senhor e DEUS".
Esta terceira aparição do Anjo, aparição eucarística, nos tornou atentos à necessidade de adoração eucarística, e a necessidade de oração e de sacrifício para expiar e reparar os pecados dos homens. Estes dois elementos marcam a espiritualidade do fim do séc.XX. Se estes dois elementos tivessem marcado o início do séc.XX, o Comunismo teria perdido e a segunda guerra mundial de 1939-1945 não teria tido lugar. 
(continua...)   

Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC.
Tradução Própria

 

domingo, 29 de setembro de 2013

Jacinta: Sacrifício de expiação pelos pecadores - Francisco: consolador de CRISTO

Mesmo que as crianças de Fátima não fossem mártires, pelas suas virtudes heróicas, eles demonstraram que tiveram a coragem dos mártires, sobretudo Jacinta e Francisco. Enquanto que Lúcia, que recebeu a Hóstia, foi chamada a viver como testemunha do plano divino e da misericórdia pelos Corações de JESUS e de MARIA (Lúcia faleceu em Coimbra em 13 de Fevereiro de 2005), Jacinta e Francisco que tinham bebido do Cálice o SANGUE de CRISTO foram chamados ainda muito novos, a participar de forma especial ao Seu Sacrifício e à Sua morte. Ambos os dois, poucos anos mais tarde, tinham oferecido livremente a DEUS o sacrifício de suas vidas em expiação.
Quanto ao Francisco, eis o que Lúcia escreve nas suas memórias: "Durante a sua doença, ele era muito alegre e contente." Ela pergunta-lhe: "Sofres-tu muito?" Ele respondeu com ternura: " assim-assim, mas não é nada! Eu sofro para consolar Nosso Senhor, e chegarei  brevemente o céu" 
Lúcia pergunta também a Jacinta se ela sofre muito. Sua resposta é parecida com a do Francisco: Sim, eu sofro, mas eu ofereço tudo pelos pecadores e por expiação das ofensas feitas ao Coração Imaculado de MARIA. Oh! como é agradável de sofrer por amor por JESUS e MARIA, já só para lhes agradar! Eles amam dum grande amor aqueles que sofrem pela conversão dos pecadores."
Uma outra verdade que a Comunhão sobre as duas espécies nos lembra, e que nos faz tomar consciência, é a relação profundo que há entre a Santa Comunhão e a Santa Missa como Sacrifício. O Santo Padre Pio XII exprimiu esta verdade de forma mais precisa, quando dizia: "Ao receber o Pão dos Anjos, nos podemos nos unir sacramentalmente ao Sacrifício" (Mediator DEI, Nr.118). Quer dizer que a Sagrada Comunhão, afim de nos unir com CRISTO no Seu Sacrifício que ELE oferece ao Suu PAI. Nesta oferta ELE desejava cumprir duas obras prodigiosas de Seu Amor: a glorificação de DEUS e a Redenção dos pecadores.
Jacinta e Francisco são duas testemunhas destas duas vias da vida eucarística. Jacinta nutria um desejo insaciável de se oferecer a DEUS para a Redenção dos pecadores que ela amava tanto. Para ajudar a os salvar, nenhum sacrifício lhe parecia demasiado difícil. Ela desejava ardentemente "expiar suas más ações" Quanto a Francisco, ele ardia do desejo de "consolar seu DEUS" pela adoração eucarística.
Visto que ele sabia que ia muito brevemente morrer e para utilizar o tempo da melhor maneira, ele passava dias inteiros, mergulhado na adoração de "JESUS escondido" no Sacrário. Lúcia conta que ela e seus amigos encontravam Francisco de joelhos na Igreja, ao ir à sua procura depois da escola, no mesmo local onde elas o tinham deixado ao ir para a escola.
(continua...)  

Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC.
Tradução Própria




sábado, 28 de setembro de 2013

A PRIMEIRA COMUNHÃO DE FRANCISCO E JACINTA

Não se trata apenas duma intervenção extraordinária do Anjo que traz às crianças a Comunhão; um Anjo já tinha trazido a Comunhão a outros fieis, como a São Luís de Gonzaga. No caso de Fátima, o Anjo traz a primeira Comunhão a Francisco e Jacinta. Qual era a intenção do Anjo? - Lúcia quanto a ela, já tinha feito sua primeira Comunhão o ano anterior; queriam mesmo a recusar, porque achavam-na muito nova para a primeira comunhão, bem que ela soubesse seu Catecismo melhor que todas as outras crianças.
Sete anos anteriores o Santo Pio X tinha decretado que podiam aceder à Comunhão, desde a idade da razão (perto dos sete anos, ou um pouco mais ou um pouco menos). O Papa São Pio X revelou que era a vontade de DEUS: "Deixai vir a MIM as pequenas crianças; não as impedis! Porque são aqueles que lhes parecem que o Reino de DEUS é destinado" (Mc 10,14). Certo, este decreto não era uma novidade. A Comunhão das crianças remonta a muitos séculos atrás  O quarto Concilio de Latrão (1215) e mais tarde o de Trento tinham ensinado que as crianças em idade da razão deviam ser admitidas à Sagrada Comunhão. A aparição do Anjo foi um signo do céu que fez acelerar a introdução e posta em prática da Comunhão as crianças, tendo ficado como letra morta durante sete séculos (de 1215 a 1916!), e introduzida rapidamente no início do séc. XX. Era uma grande inquietação do Papa Santo Pio X, que não queria privar as crianças do terno amor de CRISTO na Santíssima Eucaristia, " Sem a qual lhes faltariam uma ajuda poderosa no meio de múltiplas tentações, elas poderiam perder sua inocência e ser vitimas de maus hábitos, antes mesmo de poder saborear os Santos Mistérios" (cf. Quam Singular, 1910).
De forma profética, o Anjo aplicou o decreto papal, ao convidar Jacinta e Francisco a receber sua primeira Santa Comunhão na infância.
(ainda a seguir)   

Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC.
Tradução Própria

A MISSÃO DOS ANJOS

O ANJO TEM COMO MISSÃO DE NOS CONDUZIR A DEUS
A missão do Anjo, é de conduzir o homem a DEUS; é para nos conduzir para o lugar que Ele nos preparou (cf.Ex.). DEUS encontra-Se no Santíssimo Sacramento, com Seu Corpo e Seu Sangue, com Sua Alma e Sua Divindade: ELE está presente em cada Sacrário do mundo. JESUS CRISTO adota as aparências do pão e do vinho, afim de poder entrar em nós e de ser nossa vida e nosso caminho para o PAI.
Em toda esta missão, o Anjo é um amigo atencioso, um mensageiro e um mediador enviado por DEUS; sua tarefa é de trazer as almas a uma união pessoal com DEUS e de formar a escola da generosa caridade. O Anjo é um pouco como João Batista que se alegra ao ouvir a voz do Esposo, JESUS CRISTO (cf.Jo.), que LHE preparou a caminho e que se retira com respeito perante a Sua presença na alma.
O essencial da vida espiritual, é de crescer na união com DEUS. Uma vez habitada pela caridade constitui a chave da santidade. Tudo o resto é secundário. Por vezes a tentação espreita: "Se também eu pudesse ser gratificado de visões e de aparições como as crianças de Fátima, eu seria certamente santo!" Porém, nem as visões nem as aparições extraordinárias fazem os santos; mas apenas a colaboração misteriosa da nossa vontade livre com a graça de DEUS . A Divina Providencia chama-nos todos à santidade e ela oferece a cada um dentre nós as graças e os meios de atingir este alvo. A imitação de CRISTO, Sua Mãe e os Anjos e os Santos nos indicam a via mais segura para chegar ao céu. Se DEUS, de forma profética, como ELE o fez em Fátima com MARIA e o Anjo, intervém no nosso mundo, nos não devemos esquecer que Ele está sempre connosco, em tudo o que fazemos e pensamos.
No entanto, o amor ardente de DEUS pelo homem não se contentou de morar connosco de maneira divina. ELE ainda quis morar connosco de maneira humana: ELE permanece connosco em cada Sacrário do mundo, com Seu Corpo e Seu SANGUE, Sua Alma e Sua Divindade, tanto ELE nos ama! ELE ai nos espera. ELE ai espera ardentemente a resposta do nosso amor. A terceira aparição do Anjo constitui uma grande revelação deste amor do Nosso Senhor. ELE não quer apenas morar no Sacrário; ELE deseja ainda vir a nós.
Dos séculos do Jansenísmo (DEUS é demasiado SANTO e nós demasiados pecadores para que ELE se aproxime de nós para que nós nos aproximamos dELE: uma heresia) arrefeceram os corações dos homens. Eles eram pouco numerosos aqueles que se arriscavam a comungar frequentemente. Com esta ótica unilateral da Majestade de DEUS, os homens esqueceram-se o que o Santo Padre Pio X teve de relembrar tão justamente: "É o desejo de JESUS CRISTO e da Igreja que todos os fieis se aproximem todos os dias da Santa Mesa. Com efeito o alvo da Comunhão diária, é que os crentes se unissem a CRISTO. Forte desta união, eles terão a força de resistir às paixões carnais, eles se purificarão das manchas de suas faltas quotidianas, eles evitarão todo o pecado grave que ameaça tanto a fraqueza humana. Deste fato o alvo principal da Comunhão não é mais tão unilateral: a honra e o respeito devidos a DEUS, nem a recompensa e o reconhecimento das virtudes do comungante. Eis porquê o Santo Concílio de Trento qualifica a Comunhão de maneira salutar que nos liberta das nossas faltas quotidianas e nos preserva do pecado mortal" (Pio X, Sacra Tridentinum Synodua, 20 de Dezembro de 1905). Estas palavras do Papa Santo Pio X nos ajuda a compreender mais profundamente porquê, após seu ensinamento sobre a oração e o sacrifício para a remissão dos pecados, o Anjo trouxe às crianças o Santíssimo Sacramento do Altar, que é, por excelência, o Sacramento perfeito da Salvação. (É evidente que o sacramento por excelência da remissão dos pecados é o Sacramento da Reconciliação, e não da Eucaristia cujo alvo é a união com DEUS, e mais ainda, de DEUS com o homem.)
Ao dar a Comunhão ás crianças, o Anjo lhes deu também um ensinamento profético com respeito ao lugar deste Sacramento na nossa vida espiritual. Eis brevemente alguns pontos importantes a este respeito. 

(ainda a seguir)   

Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC.
Tradução Própria

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O ANJO DE FÁTIMA E A EUCARISTIA

    A UNIÃO COM DEUS (2.ª parte)

   

           Na época, a Mãe de DEUS tinha já profundamente penetrado a vida deles; ela lhes tinha proposto novas graças extraordinárias que dependiam contudo da generosidade da disponibilidade. De fato, de imediato, desde o início das aparições, no 13 de maio, a Mãe de DEUS pergunta-lhe: "quereis abandonar-vos a DEUS e aceitar todos os sofrimentos que ELE queira vos enviar, em reparação dos pecados que O ofendem e em intersecção pela conversão dos pecadores?" - "Sim" nós queremos!" Tal era suas respostas. Sobre isto, a Mãe de DEUS replicou: "neste caso, sofrereis muito, mas a graça de DEUS será vossa consolação e vossa força." Ela acrescentou que seu Coração Imaculado será o refúgio mais seguro, uma fonte abundante de graça, de força e de consolação. Ela , medianeira de todas as graças, tinha sempre presente, o momento onde a graça divina, toda única e singular, tinha penetrado na sua vida, desde a anunciação do Arcanjo São Gabriel. Como Maria tinha sido preparada por um Anjo para cumprir sua missão. As palavras de São Gabriel a Maria e a resposta de Maria, seu sim de amor á vontade de DEUS, "que me seja feito segundo vossa palavra!", atinge uma plenitude no verbo de DEUS que se fez carne em MARIA e se fez homem. Logo da sua terceira e última visita, o Anjo de Portugal lhes traz este mesmo VERBO de DEUS, feito carne, na Sua forma sacramental da EUCARISTIA. DEUS fez-se homem para que possamos nos unir a ELE no Santíssimo Sacramento.
          A terceira aparição do Anjo: a EUCARISTIA e a Santíssima TRINDADE. O Santíssimo Sacramento é a chave da terceira aparição do Anjo. Mais uma vez, ele aparece às crianças, quando elas ainda guardavam as ovelhas na pastagem. Apesar das suas tarefas, elas encontraram tempo para rezar o terço e a oração que o Anjo lhes tinha ensinado. O que o Anjo ainda pudesse dizer-lhes? Ele já lhes tinha ensinado a rezar; ele lhes tinha ensinado que o amor devia exprimir-se com sacrifício. Mas quem pode ultrapassar DEUS na sua generosidade? Tudo o que DEUS nos dá ou nos retira nesta vida, está relacionado com o dom que Ele nos faz dele mesmo, dom que nós pudemos provar antes de tudo no Santíssimo Sacramento.
           Quando o Anjo apareceu no lugar dito"Loca do Cabeço", ele segurava um cálice entre as suas mãos e uma Hóstia por cima do cálice; gotas de SANGUE caiam da Hóstia para o cálice." O Anjo deixa flutuar no ar o cálice e a Hóstia, ele prostrar-se no chão com as crianças e reza por três vezes com eles a oração que segue:

"Santíssima TRINDADE, PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO, eu VOS adora profundamente e eu VOS ofereço os Preciosíssimo Corpo, SANGUE, Alma e Divindade de Nosso Senhor JESUS CRISTO, presente em todos os Sacrários do mundo, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças pelas quais ELE mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Sagradíssimo CORAÇÃO, e do Coração Imaculado de MARIA, eu vos peço a conversão dos pobres pecadores."

            Nisto, o Anjo endireitou-se, pegou na Hóstia que deu à Lúcia, enquanto deu a beber o conteúdo do cálice ao Francisco e à Jacinta dizendo: "Recebei o Corpo e bebei o SANGUE de JESUS CRISTO, horrivelmente ultrajados pela ingratidão dos homens. Reparai os pecados, consolai vosso DEUS!" Nisto, ele prostrou-se de novo com as crianças no chão, pegando de novo por três vezes a oração à Santíssima TRINDADE, depois desapareceu.

                Como a primeira oração do Anjo, "meu DEUS eu creio..." é um resume de toda a Lei e dos profetas neste sentido que ala nos dá de novo sobre a forma de oração numa expressão de amor de DEUS e do próximo, a nova oração " à Santíssima TRINDADE" é um resume de toda a Revelação do Novo Testamento, a saber: revelação do mistério da Santíssima TRINDADE e do plano de DEUS que salva a humanidade pela morte do FILHO de DEUS feito homem imolado sobre a Cruz. É Sua morte que é  entregue presencialmente todos os dias no Santo Sacrifício da Missa e na Santa Comunhão. MARIA, a mãe de JESUS e nossa Mãe, é a medianeira de todas as graças. As duas orações do Anjo resumem  portanto o ensinamento essencial do Antigo e do Novo Testamento; no fundo, estas são orações bíblicas. 

              A oração à Santíssima TRINDADE é uma boa preparação à Santa Comunhão; ela constitui também uma boa ação de graças depois da Santa Comunhão. Todos aqueles que as recebem em boas condições, os Sacramentos de CRISTO trazem as graças de forma eficaz. No entanto, a disponibilidade de receção do Sacramento pode ser mais ou menos, segundo as pessoas, é o que explica porquê muita gente não consegue atingir a santidade apesar deles comunicar  há anos; de verdade eles não colaboram suficientemente com a graça e eles não se preparem muito bem em acolher CRISTO que vivem neles. Se nos esforçamos de recitar estas orações ou orações semelhantes numa união consciente com nosso Anjo da Guarda, nossas Santas Comunhões nos marcariam muito mais; e se nos rezamos mais para os outros, nos receberíamos graças mais abundantes que permitiriam de responder mais generosamente aos Sacramentos de CRISTO.
Infelizmente! Em quantas almas a Santa Comunhão terminou desde o instante em que elas engoliram a Santa Hóstia. Em vez de entrar em conversa íntima com CRISTO no seu coração, elas deixam vadiar seus olhos à volta delas na Igreja, elas olham para as horas, apressam-se para seus veículos logo que a Missa acabou. A este propósito o Anjo ensina-nos a consagrar a DEUS um tempo adequado as ações de graças. Uma tradição da Igreja nos propõe ao menos quinze minutos.

Santo Afonso de Ligório recomendava aos sacerdotes uma hora de ação de graças após a Santa Missa. De verdade, o tempo durante o qual nos temos nosso DEUS, JESUS CRISTO, para nós apenas em "audiência privada", é neste contexto o tempo mais precioso de todo o dia. Se os homens não sabem aproveitar da presença Eucarística no seus corações, é pouco provável que eles sejam em condições de desenvolver um amor ardente por DEUS em outros momentos.

(ainda a seguir)   

Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC.
Tradução Própria

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O ANJO DE FÁTIMA E A EUCARISTIA

A UNIÃO COM DEUS

   
    Na época da terceira aparição do Anjo de Portugal, em outono de 1916, os três pastorinhos tinham já feito muitos progressos na vida espiritual. Sendo evidente que o Anjo os tinha muito ajudados. Portanto, todas as inspirações e ajudas vindas do Anjo ficam ilusórias se estas sementes da graça não caiem em boa terra, em corações generosos. A generosidade e a perseverança dos três pastorinhos foram admiráveis. Com efeito, antes das aparições do Anjo, seus interesses baseavam-se no jogo e eles eram pouco inclinados para a oração, tanto é que eles tinham diminuído o terço, reduzindo-o à invocação: "Ave MARIA! Santa MARIA! repetidas cinquenta vezes de seguida. A partir da primeira aparição do Anjo eles começaram a rezar o terço em inteiro. Por outro lado, tomaram o habito de rezar durante horas a oração que o Anjo lhes tinha ensinado: "Meu DEUS, eu creio, eu adoro, eu espero e eu vos amo. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, que não vos adoram, que não esperem e que não vos amam." Acontece mesmo que Francisco teve de avisar Lúcia e Jacinta que o por do sol tinha caído, afim de se despachar de recolher as ovelhas para casa antes da noite.

        Após da segunda aparição o Anjo que lhes ensinou o valor da penitência e do sacrifício, eles exercitaram nos mistérios da ciência da caridade obtendo rápidos progressos. Ficaram felizes de poder dar as suas refeições quotidianas do meio-dia as crianças pobres da aldeia, ao sair com as ovelhas para as levar à pastagem. Eles aprenderam que se pode alimentar de bolotas e de cebolas selvagens. Eles descobriram o que é uma corda de cânhamo cru como cinta sobre a pele." Eles tomaram consciência do sentido da oração em favor dos pecadores. Eles estavam cheios de amor ardente por DEUS, o que os tornavam tão generosos.

        De fato, as crianças são dignas de admiração, sobretudo se pensar que as visitas do Anjo eram raras e das mais breves. Parece que se representa a vida mística como um tecido de frequentações frequentes, doces e intimas com DEUS. É verdade que a vida espiritual começa com a descoberta prodigiosa de DEUS, da Sua Bondade, de Seu Amor pessoal com cada um dos Seus. No entanto estes noivados não são o principio da aventura de amor. O caminho deve se perseguir e orientar para o amor perfeito que reside no abandono total à vontade de DEUS e no firme propósito de cumprir sempre e em todo lado esta Vontade, custa que custar, e de O glorificar em todas as coisas. Era a vontade deles, iluminada pelas três virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, que operavam em e por esta vontade, que conduziu as crianças a uma intimidade e a uma união com DEUS e que lhes permitiu penetrar nas profundezas do mistério da Cruz.

 (ainda a seguir)   

Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC.
Tradução Própria

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O ANJO DE FÁTIMA ENSINA A CARIDADE



OS SETE FRUTOS DO SOFRIMENTO


As palavras do Anjo eram uma luz que produziu sete frutos de santidade na vida dos pequenos pastorinhos. Se a alma acolhe a lição por amor numa atitude de profunda disponibilidade, o ensino a respeito do sacrifício ajuda o homem a compreender, em primeiro, "QUEM é DEUS", porque DEUS é amor." Se nunca experimentamos em nós a experiência do amor que se dá em abundância  se nunca nos demos em oferenda nosso amor, como poderíamos compreender o que o amor é realmente? O mundo egoísta é constantemente á procura do amor, o mundo quer receber amor, portanto ele ignora o que é o amor porque amar é dar-se: não se pode conceber o amor sem sacrifício, sem este dom de si!

        A graça de DEUS bate secretamente ao nosso coração e nos faz capaz de amar e de nos dar a ELE. Podemos acolher DEUS em nossa alma na medida onde nós LHE oferecemos nosso coração: mais nos damos a ELE, mais ELE se dará a nós. Segundo: É por isso que só os que se abriram por DEUS estão em condição de o amar ardentemente, como ELE nos ama ardentemente, e como, em terceiro - ELE quer ser amado de retorno. Uma santa alma, totalmente submersa pelo amor de DEUS, pediu ao seu diretor espiritual: "Como é possível que DEUS me ama a este ponto?" ele apenas podia responder que o amor de DEUS é infinito, porque DEUS é amor infinito. No Seu amor soberano infinitamente superior a todos seus amigos, Ele é soberanamente livre na sua escolha do seu amor e ELE ama distribuir seu amor. ELE ama, afim de se dar: ELE dá tanto quanto pode àqueles que ELE ama, afim de os amar sempre mais. "Dai, e vos será dado, Recebereis uma medida cheia, comprimida, desbordante, porque recebereis na mesma medida que dais; será utilizado convosco a mesma medida que utilizais para dar" (Lc 6,38).

      Quarta: a alma compreende que o crescimento do amor, é um percurso espiritual que avança  apenas  com seus dois pés: os pés da oração e  do sacrifício. Quantas almas se esforçam de corresponder aos pedidos da Mãe de DEUS que nos convida a rezar, mas que ficam parados; porque o conhecimento que tem de DEUS é apenas um pirilampo, bem distante da chama de amor! Sendo a razão desta imobilidade proveniente de não completar a oração com sacrifícios. Dando impressão que o pé dos sacrifícios está pregado no chão, bem que passam suas vidas a andar á volta nas orações, sem progredir no amor de DEUS e do Próximo, como deveria ser o caso. Pelo contrário, uma alma que começou a avançar em direção ao Coração de DEUS pelo caminho da oração e do sacrifício - mesmo se avança em pequenos passos - descobre em breve a importância do valor do sacrifício. Eis a quarta luz.

       Mais tarde, os pequenos pastorinhos tiveram boas oportunidades de colher de forma palpável o fruto da oração e do seus sacrifícios, assistindo a numerosas conversões de pecadores. Portanto a beleza da luz que o Anjo lhes comunicou na força do ESPÍRITO SANTO, consiste nisto: esta luz foi-lhes diretamente incutida no espírito - ou, deixando falar Lúcia, ela "foi impressa em nós de forma indelével - e com uma tal clareza, que eles reconheceram a verdade em DEUS, por assim dizer. Quinto: eles reconheceram quanto o sacrifício é agradável a DEUS e Sexto: que o sacrifício provoca a conversão  dos pecadores. Deveríamos conhecer estes mistérios que decorrem da morte redentora de CRISTO: "Eis porque o PAI Me ama, porque EU dou a Minha vida, para a tomar de novo" (Jn 10,17), no entanto estas ideias devem ainda penetrar no nosso coração e modelar nossas convicções mais profundas. Quando  a verdade que habita no nosso espírito tornar-se-à bondade que faz nossa vontade, nossa fé terá condições de levar os frutos da caridade. É esta graça e esta luz de amor - a sétima - que o Anjo comunica as crianças: esta luz refletiu-se neles num zelo incansável na oração e no sacrifício. "A partir desta época que começamos a oferecer ao Senhor tudo o que custava,... durante longas horas estávamos prostrados na terra repetindo sem cessar a oração do Anjo."

       Lúcia descreve muitos tipos de sacrifícios que as crianças impuseram-se para a conversão dos pecadores. Eles deram seu almoço do meio-dia à crianças pobres da vizinhança. Em vez de comer suas refeições habituais, eles comiam as bolotas e as cebolas selvagens que tinham eles próprios colhido. Frequentemente, durante os calores tórridos do verão, eles passavam todo o dia sem beber uma só gota de água. A criatividade infantil  deles de amor de lhes fez descobrir as cintas grosseiras de filasse que as devia as ferir e fazer sofrer, afim de obter alguma coisa a oferecer a DEUS e à Mãe de DEUS para a conversão dos pecadores.

       Eles ficaram insaciáveis nas suas sede de parar a sede do Senhor sequioso da conversão dos pecadores. Podemos comparar o heroísmo autentico de Lúcia, Jacinta e Francisco ás nossas pequenas penitencias tímidas. Todos seus esforços dirigidos a DEUS eram segundados pelo Anjo que os acompanhava invisivelmente. O que a Lúcia diz a respeito duma precisa etapa da sua vida, que vale para toda nossa vida: "Ao longo destas jornadas, nos cumpríamos nossas tarefas, como transportados por este mesmo ser sobrenatural (o Anjo) que nos animava a isso."
      
        Com efeito, a ajuda do Anjo nos foi sempre proposto, no entanto nos devemos nos dispor a acolher esta ajuda por nosso zelo para os assuntos de DEUS. É então que se realizarão nas nossas vidas as palavras de Santo Inácio de Loyola: "Nas pessoas que se esforçam verdadeiramente para  se purificar de seus pecados, que servem Nosso Senhor e DEUS, e que passam do bem ao melhor..., o bom espírito (o Anjo) adotará esta atitude: ele lhes transmitirá coragem, força, consolação, lágrimas, inspirações e serenidade, fazendo dos obstáculos fáceis a transpor, fazendo-os mesmo desaparecer, afim que elas avancem sem cessar no caminho para DEUS fazendo o bem" (Exercícios, n.º 315).  

(ainda a seguir)   

Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC.
Tradução Própria

domingo, 22 de setembro de 2013

O ANJO DE FÁTIMA ENSINA A CARIDADE

"COMO OFERECER SACRIFÍCIOS?"

       Visto que o Anjo da Paz já tinha ensinado a oração às crianças, Lúcia contenta-se de lhe perguntar: "Como oferecer sacrifícios?" A resposta do Anjo é curta e profunda: "Fazei de tudo o que podeis em sacrifício, afim de reparar as faltas que ofendem DEUS e afim de implorar a conversão dos pecadores. Fazendo isso, trareis a paz ao vosso país. Eu sou o seu Anjo da Guarda, eu sou o Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai os sofrimentos que DEUS vos enviará e suportai-os com resignação."
Neste propósito podemos discernir três dimensões das nossas ações. A primeira intenção de expiação, é a reparação das ofensas feitas a DEUS. Com efeito, o pecado é realmente uma ofensa feita a DEUS. Em fim de conta, por cada pecado grave, a criatura renega DEUS e diviniza seu eu. O sofrimento - escreve Chesterton - é um dom de DEUS àqueles que vivem de ideias (que partem do princípio filosófico pelo qual eles tomam-se por deuses e não cessam de criar mentalmente seu mundo),  porque mesmo um idiota nunca iria criar por si sofrimento. O grande valor pedagógico do sofrimento, é que ele traz de novo o pecador a DEUS: ele reconhece DEUS. Todo valor que permanece depende deste reconhecimento: DEUS é DEUS e nos somos Suas criaturas. Este valor é adquirido ao mais tardar no momento do julgamento particular após a morte de cada ser humano. Quanto ao sofrimento dos danados, ela consiste essencialmente no reconhecimento de ter pela sua própria liberdade perdido DEUS para sempre. A expiação, consiste na superabundância de amor que leva uma alma a reconhecer a soberania de DEUS em oferta de sacrifícios e ao aceitar de boa vontade o sofrimento de forma heróica  implorando DEUS que Ele se digne tocar  nos corações endurecidos dos pobres pecadores. Pelo fato que o pecado é uma oposição contra DEUS, ele é também a causa das guerras. Adam e Eva recusaram obedecer a DEUS, o que provocou o assassínio de Abel pelo seu irmão Caim  A conversão dos pecadores e sua reconciliação com DEUS é portanto o primeiro passo que o conduzirá a reconciliar-se com seus irmãos. Pelas palavras do Anjo fica bem claro que a oração em si só, não é suficiente para trazer a paz. À oração é necessário acrescentar o sacrifício e a expiação, como complemento indispensável da oração afim de permitir a descida da paz no país. Sem sacrifício, a oração fica no estado de oração verbal, feita da ponta dos lábios. Ao contrário, a oblação de nós próprios, da nossa vida, do nosso pão quotidiano, tantos favores que DEUS nos enche, exige que nos viramos para DEUS, do mais profundo do nosso ser. Ao contrário, o fato de se obstinar e de ficar distante de DEUS tem a sua raiz no egoísmo e na cede de possuir por si, de onde provem todos os outros males.

DOIS TIPOS DE SACRIFÍCIOS

O Anjo faz alusão a dois tipos de sacrifícios: os sacrifícios involuntários, porque não foram escolhidos por nós e os sofrimentos que DEUS escolheu por nós e que ELE nos propõe. Todo que somos e fazemos poderia e deveria ser uma oblação que apresentamos a DEUS. A este respeito, poderíamos desenvolver em nós uma sensibilidade para este tipo de valores: estamos na medida de tudo transformar em valor de eternidade, e de nos amontoar assim um "tesouro no céu". Pelo contrário, o que não for oferecido em honra de DEUS, será perdido na eternidade, independentemente do seu valor terrestre, humano ou outro. Ao encorajar as crianças a fazer de tudo um sacrifício, realmente, o Anjo anuncia uma "boa nova", a saber, o sacrifício como tal não é necessariamente doloroso. No céu, haverá três sacrifícios que durarão ao longo da felicidade eterna: o sacrifício de louvor (o início e a plenitude da caridade), o sacrifício da nossa consagração a DEUS (a ligação duradoira e indestrutível do amor), e o sacrifício da ação de graças (pelos dons da unidade do amor). O amor encontra nestes três sacrifícios como lenha  para mais tarde abrasar-se; o amor fortifica-se pelo holocausto, pelos sacrifícios que nos custam um pouco. Portanto não deveríamos negligenciar as muitas pequenas coisas do dia a dia que podemos oferecer a DEUS por amor, ao longo do dia. Podemos enriquecer as pequenas oblações misturando-lhes o valor da expiação. É precisamente por sacrifícios deste género que o Anjo reatou a promessa da paz para o país.

O Anjo mostra bem que é esta oferenda da nossa vontade que ultrapassa todos os outros sacrifícios que poderíamos escolher: com efeito, a oferenda da nossa vontade realiza-se quando acolhemos voluntariamente e que suportamos com paciência todas os sofrimentos que DEUS queira nos propor. A pequena Santa Teresa declara à suas irmãs que a paz reside precisamente nisto: querer verdadeiramente o que DEUS quer.

NOSSA VOCAÇÃO: A VONTADE E A PAZ DE DEUS
Por vezes, certas pessoas ensinaram esta simples oração: "O JESUS, eu quero o que TU queres de mim" As crianças compreendem logo que JESUS as ama e que ELE tem os melhores planos de amor para lhes oferecer  uma vida cheia de felicidade. Motivo pelo qual eles estão tão interessados em saber o que  farão quando forem grandes e eles concentram-se na suas vocações. as suas disponibilidade abre-lhes o coração para compreender o sentido e reconhecer a luz das suas vocações. Por outro lado, este desejo de conhecer a vocação que DEUS lhes reserva, lhes transmite a paz e a força de levar a cruz que DEUS nos reserva no caminho da nossa vida.
    O Anjo distingue dois elementos importantes: ele nos faz, em primeiro, aceitar conscientemente os sofrimentos que DEUS nos envia (algumas almas esquecem isto e deste fato caiem), em seguida devemos suportar os sofrimentos "com resignação". Nossa paciência será tanto maior quanto saibamos aceitar mais conscientemente o sofrimento que DEUS nos envia e se nós estamos perfeitamente convencidos que o sofrimento que nos toca vem de DEUS que nos ama. Desde que o demónio chegou a atirar a alma para baixo, de forma que ela julga tudo visto "de baixo" e que ela acusa os outros de seus próprios falsos passos, é com efeito da sua paciência de amor que se evapora como uma bola de sabão.
IMPOSSIBILIDADE DE SEPARAR O AMOR DO SACRIFÍCIO
A lição do Anjo com respeito À importância do sacrifício teve um impacto espiritual na vida de Lúcia que as descreve suas linhas:
"Suas palavras (do Anjo) foram impressas em nós como uma luz que nos fez reconhecer QUEM é DEUS, quanto ELE nos ama e quanto ELE deseja ser amado de volta. Reconhecemos o valor do sacrifício e quanto ele é agradável aos olhos de DEUS, e como ELE converte pecadores graças aos sacrifícios. A partir desta época, nos começamos a oferecer tudo ao Senhor em sacrifício, em particular o que mais nos custava, nesta época não procurávamos outros sacrifícios e penitencias que aquelas de prostrar-nos em terra durante horas, tomando sem cessar a oração do Anjo."
(ainda a seguir)   
Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC.
Tradução Própria

sábado, 21 de setembro de 2013


O ANJO DE FÁTIMA ENSINA A CARIDADE


A segunda aparição do Anjo

      Durante a primeira aparição as crianças Lúcia, Jacinta e Francisco, o Anjo de Portugal ensinou às crianças a adorar DEUS com um santo respeito e a rezar pelos pecadores (era o conteúdo da primeira parte, intitulada "o Anjo de Fátima, foi a 81 anos"). Eles mostraram-se alunos assíduos na escola da oração, porque eles ficaram fieis, e cresceram em santidade sem ter outros contactos sensíveis com o mestre angélico durante um período bastante longo. Esta experiência espiritual pode aplicar-se a toda vida espiritual: as almas que aspiram à santidade devem em primeiro atravessar o deserto da obscuridade e da secura espiritual, antes de chegar aos oásis da graça divina. Das resoluções que não duram mais que da manhã à tarde, não podem preparar santos. Pela sua fidelidade, as crianças mostraram-se dignas da ajuda mais aprofundada da parte do Anjo.

      Este curso de aperfeiçoamento chega alguns meses mais tarde, em pleno verão. Quando a temperatura subia quase a 30 degraus, era costume que os pastores apascentar suas ovelhas bem cedo de manhã, afim de as reunir  no estábulo pelas horas mais quentes do meio dia. Eis porque as crianças, após o almoço do meio-dia, tinham um pouco de tempo para se reencontrar e para jogar a volta do poço, atrás da casa da Jacinta. - " De repente, eis o Anjo tão perto de nós!" - Como nossa conduta seria diferente, se pudéssemos ver sem cessar nosso Anjo ao nosso lado! Como são  fracos
os olhos da nossa fé! Porque o Anjo está realmente sem cessar ao nosso lado! Esta certeza deveria mudar a nossa vida. Viver na presença de DEUS constitui o fundamento da vida espiritual, afirma Santo Alfonso Maria de Ligório. DEUS é tão especialmente presente no Anjo, porque ELE diz a este respeito: "Meu Nome é em ele!" E a missão do Anjo é de nos conduzir ao lugar que DEUS nos preparou (cf.Ex.23,20). Para cumprie esta missão, o Anjo deve nos introduzir na presença de DEUS.

SAIBAMOS FAZER BOM USO DO TEMPO

       O Anjo dirigiu-se as crianças: "Que fazeis?" Esta questão não tem por objetivo de informar o Anjo a respeito de qualquer coisa que ele poderia ignorar. O Anjo quer que as crianças tomem consciência do abismo que separa o espírito do mundo do espírito da fé; o Anjo também quer mostra-nos com que futilidade passamos o nosso tempo ou nossa vida, ocupados tantas vezes com coisas tão superficiais. Os jogos das crianças doutrora eram apenas em passatempos inocentes, o que não é o caso dos programas de televisão que envenenam a alma das crianças de hoje. Se apenas o Anjo pudesse os arrastar ás suas inacções  devido à televisão por palavras intensas: "Que fazeis?" O Anjo não vê apenas o que as crianças fazem - o que fazemos. - ele vê também a situação desastrosa do mundo em cada dia, das centenas de milhares de pessoas morrem. Poucos no meio deles estão preparados a comparecer frente ao tribunal de DEUS! "Porque larga e espaçosa é a RAvia que conduz à perdição e eles são numerosos aqueles que se comprometem" (Mt.7,13). Um pouco mais tarde, a Mãe de DEUS apresenta às crianças uma visão do inferno dizendo-lhes isto: "Vocês viram o inferno onde vão parar as almas pecadoras. Para as salvar, DEUS, quer espalhar na terra a devoção ao meu Coração Imaculado, Se fizer o que vos disse muitas almas serão salvas e haverá paz" (Julho 1917).

A PARADA: O CEU OU O INFERNO
Pensar nas torturas infinitas do inferno ruminava o coração de Jacinta, em que Lúcia era um pouco a catequista. Jacinta pergunta-lhe: "A Senhora também disse que há muitas almas que vão para o inferno?" Lúcia responde-lhe:" É um abismo com animais selvagens e com um enorme fogo - foi o que a minha mãe me ensinou - e é lá que acabam as pessoas que pecaram e que não confessaram suas faltas. Eles ficam ai e queimam-se sem cessar."Jacinta:"E eles não sai nunca?...nem após de muitos anos?"
Lúcia: "Não. O Inferno nunca acaba."
Jacinta:"E o céu também não?" 
Lúcia: "Aquele que chega ao céu não sai nunca mais?
Jacinta: " E aquele que chega ao inferno, também não?
Lúcia: "Tu não compreendes que eles são eternamente e que eles não acabam nunca?" O que perturba mais a pequena Jacinta é o facto que o inferno seja eterno. Cada alma escolhe a eternidade  que quiser ou  da felicidade e do amor, ou de torturas e de ódio. Esta verdade aparentemente já não impressiona mais ninguém, tanto que as pessoas estão apoderadas pelos bens temporais, e pelo tempo. Eis a razão do apelo do Anjo: "Que fazeis?"     
 NA ESCOLA DA ORAÇÃO E DO SACRIFÍCIO

        "Que fazeis? Rezai muito! Os Corações de JESUS e de MARIA tem planos de misericórdia convosco. Oferecei sem cessar orações e sacrifícios ao Altíssimo!" O Anjo os incita a "rezar muito" Do ponto de vista pedagógico, esta insistência tem sua importância! Com efeito, a oração exprime nosso amor por DEUS e ao próximo, pensai nisso! A oração deveria ser nossa alegria! Deveríamos 
amar tão intensamente quanto possível: "De todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todas as nossas forças". Que significa "Rezar muito"? Isto depende da medida de amor em que o coração de cada um é capaz. Aquele que reza muito verá crescer a medida do seu amor, e aquele que ama muito verá crescer a medida da sua oração. A paz e a alegria crescem na medida onde a medida da oração e do amor se dilata. Ao contrário, não é de admirar, se a "caridade do muito arrefece (Mt.24,12), quando a  oração do muito aborrece  caso ela não venha do coração, o que fará desaparecer a paz na terra.

COMO PODEMOS REZAR "SEM CESSAR"

         O Anjo anima as crianças a oferecer, sem cessar, orações e sacrifícios. A única maneira que temos de oferecer cem cessar orações e sacrifícios, é de dar esta intenção às nossas atividades. Podemos e somos convidados a fazer uma oblação durante o dia com esta intenção. É evidente que o melhor meio de realizar esta oblação de habitual, é na consagração: a consagração do mundo ao SAGRADO CORAÇÃO de JESUS, orgulhava-se de se realizar alguns anos anteriores pelo Papa Leão XII, em 1900. Pouco tempo depois, o Senhor pediu uma devoção especial e uma consagração ao Coração Imaculado de Sua Mãe. Todas as imperfeições espirituais estão já contidas em germe nas promessas do nosso batismo. este enorme potencial espiritual expande-se progressivamente por meio de diversas consagrações e promessas que a Igreja dá aos fieis. Estes favores enaltece a nossa vida ao nível da oração e do sacrifício oferecidas incessantemente.
É consolador de saber que JESUS e MARIA atendem nossas orações. É reconfortante de saber que Nosso Senhor sofreu Sua PAIXÃO e Sua morte por amor por nós. No entanto nosso coração poderia para e pensar que os sofrimentos de Nosso Senhor, de uma certa forma, ainda inacabados... e que, no Seu amor e Sua predileção extraordinária perante nós, Ele nos convida a O ajudar. Sua Cruz é Sua glória, e Ele quer a partilhar connosco. O Apóstolo São Paulo compreendeu este mistério: " Pelo Corpo de CRISTO Que é a Igreja, eu acabo no meu corpo o que falta ainda aos sofrimentos de CRISTO" (Col.1,24). "Por minha parte, não me quero vangloriar, se não é na Cruz de Nosso Senhor JESUS CRISTO" (Gal.6,14).

(ainda a seguir)   
Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC
Tradução Própria




sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O ANJO DE FÁTIMA, GUIA DA VIDA ESPIRITUAL

III. "Rezai comigo!"


      Não é difícil descobrir a utilidade da ajuda que os Santos Anjos podem trazer à nossa oração. Rafael desvenda a Tobias: "Quando oravas, eu levei a tua oração na presença de DEUS" (Tob.12,12). E quando o Anjo implora a paz para Jerusalém, o Senhor respondeu com palavras benevolentes e consoladoras (Zach.1,13). Não é tão fácil compreender que o Anjo, pela sua oração, intervém em nosso favor na presença de DEUS. Portanto é um facto, que é expressamente mencionado no Santo Ofício da Missa, onde o sacerdote reza assim: "Ó Senhor, que este Sacrifício - do Corpo e Sangue do Cristo - seja transportado pelas mãos do Teu Anjo sobre Teu altar celeste..." Santo Tomás de Aquino atribui à prece de intercessão do Anjo uma força superior à do sacerdote: "O santo Anjo, presente durante os divinos mistérios, faz elevar até a Deus as orações dos Santos." (Summa III.83,4,9m), e ai ainda acrescenta isto: "É por isso que a Santa Missa se chama assim - "Missa" que vem da palavra mittere, que significa: enviar -  porque o sacerdote envia para Deus suas preces pelas mãos do Anjo, como o povo faz subir suas orações a Deus pelo sacerdote.

           Sendo evidente que, apesar de sua natureza e das suas graças angélicas, as orações dos Anjos não tem a pureza e a força da oração de DEUS. Os hinos de louvores dos Anjos, para não falar dos louvores dos homens, não são de certeza  dignos de DEUS. Mas eis um acontecimento extraordinário: DEUS Ele-Mesmo se fez homem, Ele transforma-se no Sumo Sacerdote Eterno, e Ele intercede pelas Suas criaturas perto do PAI. Ele incluiu-nos no Seu Sacrifício de Louvores, infinitamente do agrado a DEUS, que Ele oferece ao Seu PAI. Eis como DEUS começou por escolher os homens; portanto, em seguida, por amor pelos homens, Ele lhes associou o Anjo; e finalmente, Ele "reunirá todos dentro de CRISTO, todas as criaturas do céu e da terra " (cf.Ef.1,10). É seu amor por CRISTO e pelos seus membros de Seu Corpo Místico que puxe os Anjos a nos apoiar na oração e na adoração. Eis o que os fieis cantam na Missa Bizantina: Mestre e Senhor, nosso DEUS, VÓS QUE convocastes os coros e os exércitos dos Anjos e dos Arcanjos para participar ao vosso louvor, fazei que entremos no santuário com os Anjos, que participemos como eles na Santa Liturgia, e com eles cantemos a Glória da Vossa Benevolência." Um pouco mais tarde os fieis cantam:"Agora as Forças invisíveis do céu uniram-se a nós na adoração: "Eis como no Rito Romano uma oração idêntica é dirigida ao PAI: "Pelo CRISTO, que os Anjos que vivem sempre na Tua presença, oferece-TE suas orações de adoração; que nossas vozes unem-se a eles para cantar o louvor de DEUS três vez SANTO." A oração da Igreja só atinge a sua plenitude quando Anjos e homens unem-se a CRISTO para cantar o louvor da tão  SANTA TRINDADE.

A ORAÇÃO E OS DOIS PRINCIPAIS MANDAMENTOS

Qual é então a oração que o Anjo ensinou à crianças em Fátima? É uma simples oração de adoração e de intercessão:
"Meu DEUS, eu creio, eu adoro, eu espero e eu Vos amo. Peço-vos perdão pelos que não creiam, não adoram e não vos amam." Para compreender  a importancia e a eficácia desta oração, basta de a ver como o acontecimento mais importantes, o amor perante DEUS e o amor ao próximo "nos quais resume toda a Lei e os profetas" (Mt.22,39). São Paulo fala na mesma linguagem: "Toda Lei resume-se numa só palavra: ama teu próximo como a ti-mesmo" (GAL.5,14); (cf.Rom.13,8,10). Quem compreende um pouco desta grande verdade, não ficará surpreendido dos progressos rápidos em virtude e em santidade das crianças que repetiam esta oração horas inteiras.
Mesmo que não sejamos nem atletas olímpicos nem grande intelectuais, DEUS oferece-nos da mesma maneira Sua graça que nos faz capazes de nos esforçar  heroicamente a O acolher. A única condição necessária, é a nossa firme vontade de amar. A via mais simples de nos exercitar, é nesta oração.
"Este mandamento que EU te proponho, hoje, não está acima  das tuas forças nem fora das tuas possibilidades. Ele não está nos céus para que tu dizes: quem subirá ao céu para o procurar e nós o anunciámos para que possamos o meter em prática? Não. Esta palavra está tão próxima de ti: ela está na tua boca, ela está no teu coração: tu podes a pôr em prática " (Dt.30,11-14).
No entanto o Anjo não se contenta  a penas em transmitir uma oração simples que nos ajuda a executar este mandamento de amor. Ele é ainda mais exigente: ele deseja que nos orássemos com ele! Sendo exatamente o que nosso Anjo da Guarda, ele também, deseja de nós: que nos ajoelhamos e que rezemos com ele. Se o fizermos, o Senhor pode executar uma das mais belas promessas que Ele nos deu: "Onde dois (teu Anjo e tu!) ou três estejam reunidos em Meu Nome, EU estou no meio deles" (Mt.18,20). Esta oração do Anjo de Fátima é tão curta que podemos rezar-la frequentemente durante o dia como oração jaculatória, o que nos permite de ficar unido ao nosso Anjo e de morar na presença de DEUS.

RESPEITO DE DEUS 
O Anjo de Fátima não apenas se põe de joelhos para rezar, mas ele ainda inclina-se, o rosto conta a terra; esta maneira de orar monstra-nos com qual respeito devemos rezar, para que nossa oração não seja só feita da ponta dos labios. O Anjo diz as crianças: "Rezai desta maneira! Os corações de JESUS e de MARIA escutem a voz da vossa súplica." Este imperativo, "rezai desta maneira!" toma literalmente a palavra de JESUS dirigida a Seus discípulos quando Ele lhes ensinou o "PAI Nosso" (Mt.6,9). O "PAI Nosso" não é apenas a mais sublime das orações, ele é ainda o modelo de todas as orações, segundo o ensinamento de Santo Agostinho. É exatamente o que queria o Anjo de Fátima: ele nao queria ensinar uma formula precisa de oração, mas queria sobretudo ensinar-lhes que o amor para com DEUS e para o próximo deve constituir o coração de todas as orações.
Visto que certaspessoas deixam-se facilmente desencorajar na oração, elas  sentem-se abandonadas, seria bom que elas escutem  de novo estas verdade da nossa fé: JESUS e MARIA as amam, e tudo que é bom vem da oração. Existem graças que DEUS nos oferece sempre e em toda parte, garante Santo Agostinho, é a graça da oração; e pela oração podemos obter tudo de DEUS.
Nesta meditação o Anjo as deixou; sós por alguns meses, a fim de ver se ela permaneciam fieis à graça recebida e ás suas resoluções: eles não deviam falar à ninguém destes acontecimentos, apenas entre eles, e deviam renunciar a outras vistas consoladoras do Anjo. As crianças mantiveram sua resolução. Lúcia constata isto: "As palavras do Anjo gravaram-se tão profundamente no nosso coração, que jamais as podíamos esquecer. Desde esta época pegamos o habito de rezar frequentemente e longamente, prostrados  no chão, como tínhamos visto o Anjo o fazer; nos tomávamos as suas palavras, até que sentíssemos o cansaço."
Nestas condições, as crianças exerceram-se numa constância heróica.        
(ainda a seguir)   


Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC
Tradução Própria

O ANJO DE FÁTIMA, GUIA DA VIDA ESPIRITUAL

II "Eu sou o Anjo da Paz"



Papa São Gregório Magno
       O papa São Gregório o Grande nos ensina que os nomes dos Anjo são compostos, não tanto pela sua essência, mas pela sua missão, e serviços junto dos homens. É assim que Miguel significa "quem é como DEUS?" (sendo evidente que ninguém é como DEUS, e deste facto, todas as criaturas, angélicas, humanas e materiais são chamadas a se submeter a DEUS), sendo a missão de São Gabriel de nos ensinar a humildade da fé; Rafael significa "Medicina de DEUS ", porque São Rafael foi enviado para curar Tobias e para libertar Sara das traiçoeiras do espírito maligno. Mas aqui temos o Anjo da Paz, cuja missão é portanto de guiar os homens para a paz. O facto que o "Exercito Azul" nasceu em Fátima pode parecer uma ironia religiosa, mas não podemos esquecer que as armas deste "Exercito Azul" são as orações e o sacrifício e que os batalhões de almas combatentes apoiam-se neste Anjo. (por um lado, Jesus dá-nos sua paz, Ele é a Paz, e por outro lado ele leva-nos a espada, para lutar contra nós-mesmos, contra o mundo e contra o demónio.) Em consequência, a paz das nações é um dom de DEUS; a paz do coração provém do abandono amável e submisso nas mãos de DEUS; e a paz em DEUS decorre na união do amor que temos com Ele.


(ainda a seguir)   

Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC
Tradução Própria

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

....É possível de contemplar esta aparição sob três pontos de vista.
  

O ANJO DE FÁTIMA, GUIA DA VIDA ESPIRITUAL


I - "Não tenhais medo!"

        Quem teme a DEUS, não devem ter medo dos Anjos de DEUS, porque quando o Anjo aparece, enche o homem de respeito por Deus, porque a glória de DEUS habita no Anjo que revela DEUS, como se viu no profeta Daniel: "Quando ele (o Anjo Gabriel) aproximou-se, fiquei apavorado, e caí com o rosto em terra" (Dan.8,17); mas não acontece apenas a Daniel, mas a muitos outros profetas e santos, como as Sagradas Escrituras o testemunham: São João, por exemplo, cai por duas vezes com o rosto em terra aos pés do Anjo, porque era tão luminoso e tão glorioso, e suas palavras tinham qualquer coisa de divino, a tal ponto que São João pensava estar na presença de DEUS. São João menciona expressamente este equivoco para mostrar  a veracidade desta aparição. De verdade, apenas o Santo Anjo pode estar tão intensamente unido a Nosso Senhor. Ao manifestar esta  presença de Deus no Anjo, de maneira que o maligno não o poderá atingir, mesmo quando aparece como "Anjo da luz" (ver 2 Cor.11,14)

           As crianças estavam tão presas pela presença de DEUS dentro e pelo Anjo que Lúcia escreverá mais tarde: "A presença do sobrenatural que nos cercava era tão intenso, que nos esquecíamos durante algum tempo que existíamos... A presença de DEUS era tão profunda e tão forte em cada um de nós que não nos veio a ideia de o falar entre nós. No dia seguinte ainda estávamos totalmente mergulhados nesta presença sobrenatural. Esta graça renovou-se na ultima revelação do Anjo que originou um movimento ainda mais forte de graça e de amor." Lúcia dela ficou marcada. "A força da presença de DEUS era tão intensa, que nos absorvia totalmente nela, ao ponto de quase nos aniquilar. Parecendo deslumbrar, durante algum tempo, o uso dos nosso sentidos corporais. Durante esses dias sentíamos-nos dirigidos por esta força sobrenatural, que nos guiava. A paz e a felicidade que sentíamos  eram imensas, mas todas interiores. Nossas almas mergulhavam em Deus."

               Já depois do primeiro encontro com o Anjo, Lúcia conta "que não nos lembramos em falar desta aparição. Nem tão pouco de dizer para não falarmos dela. A própria aparição comunicava esta evidencia: ela marcou-nos tão profundamente que nos era impossível de falar dela." O Anjo comunica a sua mensagem ao homem pele efeito da luz dos dons do Espírito Santo. A alma recebe então  uma sabedoria divina numa dimensão tão profunda do seu ser, onde a palavra já não existe. A alma compreende, mas é incapaz de exprimir o que entendeu. O Anjo não apenas transmitiu as palavras às crianças, como lhes comunicou as graças espirituais na profundidade das suas almas.

(ainda a seguir)   
Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes.
Conferencias do  Pe. William Wagner, ORC
Tradução Própria

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O ANJO DE FÁTIMA, GUIA DA VIDA ESPIRITUAL

        
INTRODUÇÃO

       Ao descobrir estas conferências sobre os Santos Anjos, que passaram por casualidade às minhas mãos, fiquei de imediato fascinado logo após a leitura da introdução porque falava do nosso país, de Portugal, das aparições de Fátima e da relação da importância da missão do Anjo com estas revelações. Citações estas tão belas, tão verdadeiras mas infelizmente ainda desconhecido pela maioria dos portugueses, mesmo os mais fieis e fervorosos devotos a Nossa Senhora, considerei que era meu dever, para que não fiquem no esquecimento, e pedindo auxilio ao meu Anjo da Guarda, decidi  os referenciar neste mesmo blog, que tinha iniciado poucos dias antes, na intenção de dar a conhecer, ao mundo inteiro, tudo que se diz sobre os Anjos, e permitir àqueles que não dispõem de ferramentas de pesquisa de ter toda informação sobre as graças e obras dos Santos Anjos. 
         
         Estas conferências do Padre William Wagner revelem uma perfeita comunhão pessoal com os Santos Anjos, bem evidenciado nestes textos, intitulados: O Anjo de Fátima, Guia da vida espiritual.

        Por não encontrar estes textos traduzidos na língua portuguesa, tive a ousadia de trabalhar algumas horas para a sua tradução, mas que na verdade não dispensa a consulta do seu texto original, porque esta tradução foi elaborado a partir de uma outra tradução em língua francesa, e pedindo desde já as sinceras desculpas pelos erros que poderão encontrar ou alguma imperfeição gramatical.

(Agradeço que me seja comunicado qualquer necessidade de correcção).
                
O tradutor : José Manuel de Abreu 

       A PRIMEIRA APARIÇÃO DO ANJO, E O QUE ELE NOS ENSINA

                                       Conferencias de   Pe. William Wagner, ORC


  À quase um século que o Anjo de Portugal apareceu aos três pastorinhos de Fátima, Lúcia, Jacinta e Francisco, para os preparar à aparição e à mensagem de Nossa Senhora de Fátima. O eco que Fátima encontrou foi devido em grande parte aos bispos portugueses que tanto se esforçaram para inserir este evento de Fátima na verdade do Evangelho, eles souberam apresentar esta mensagem de forma simples, e adaptada as necessidades da nossa época. Seja a aparição, seja a sua mensagem, constituem uma forma de uma simples catequese da fé. Valido em primeiro pelo Anjo de Fátima que poderia-se titular do primeiro mistério de Fátima, tendo Lúcia, que veio a ser  Irmã Lúcia, guardou o segredo das suas revelações durante vinte anos. Bem diferente em comparação com as falsas místicas que apressam-se a contar suas histórias!  

      Como a Mãe de Deus apareceu seis vezes em Fátima, assim foi do Anjo. Em 1915, durante as primeiras aparições frente a Lúcia e a duas outras meninas, o Anjo nada disse. Durante o ano de 1916, o anjo preparou espiritualmente Lúcia, Jacinta e Francisco para a aparição da Mãe de Deus. Esta carta vai olhar para as três últimas aparições do Anjo, porque elas constituem como um resumo de teologia espiritual, tal como a Santa Escritura e os escritos dos santos o testemunham. Estas aparições revestem, não apenas, de uma importância histórica, mas projectam ainda uma luz pela forma de proceder do nosso Anjo da Guarda, que, ele também, procura inspirar-nos de mesma maneira, para nos esclarecer e nos conduzir para o caminho da santidade.

Primeira aparição, primavera 1916, no lugar dito "Loca do Cabeço"
      Lúcia, Jacinta e Francisco procuram proteger-se contra o mau tempo dentro duma pequena gruta situada sobre a encosta a leste da Loca do Cabeço. Eles petiscavam qualquer coisa, e depois puseram-se a rezar o terço. Na suas malicias infantis eles facilitaram esta obrigação: para finalizar mais rapidamente para as suas brincadeiras, eles assim encurtaram o terço, reduzindo-o Ave MARIA nas duas invocações seguintes: "Ave MARIA" e "Santa MARIA". De repente , vindo do oriente, o Anjo apareceu na encosta: "uma luz mais branca que neve, no meio da qual apareceu a silhueta de um jovem todo transparente pela luz, e mais radioso que que um cristal que reflecte a luz do sol. Quando se aproximou, podíamos discernir seus traços de forma bem clara e mais nítida. Estávamos em admiração, presos, como encantados.

        Esta descrição de Lúcia, que descreve a aparição do Anjo, é das mais bíblicas. O  Anjo da Ressurreição é descrito em termos idênticos:  "O Anjo do Senhor desceu do Céu, ele aproximou-se do túmulo, enrolou a pedra na entrada da tomba e a senta-se encima. Seu aspeto brilhava como um relampado e sua veste era branca como a neve " (Mt 28,2-4). São João fala de forma análoga de uma Anjo cuja face era brilhante como o sol. (Apoc.10,1). Quando as santas mulheres chegaram ao túmulo e aí entraram, "elas viram na sua direita um jovem sentado, ele tinha uma veste branca. Elas ficaram aterrorizadas. Mas ele disse-lhes: não tenhais medo! (Mc.15,5). O Evangelhista São Marcos conta que elas fugiram a tremer  de medo. O Anjo da Ressurreição procura a reconfortar as santas mulheres, tanto como outrora São Gabriel o tinha feito pelo profeta Daniel (Dad.9,21s.), e com MARIA, durante a Anunciação, também o Anjo de Fátima sossega as crianças por estas palavras: "Não tenhais medo! Eu sou o Anjo da Paz. Rezai comigo..." É possível de contemplar esta aparição sob três pontos de vista.

(ainda a seguir)   
Fonte: Conferencias publicadas na Série das Cartas Circulares na Obra dos Santos Anjos em 1997 e anos seguintes
Tradução Própria